… a casa escura, durante a noite, onde a claridade é apenas a que vem da rua e que se enche de sombras, traz recordações, memórias, desejos (futuros?)!
“Apetece-me fazer amor devagarinho!...”
O sorriso dele confirma que o desejo é de ambos…
Ele está no sofá, descontraído, a olhar para a TV sem realmente ver nada!
E eu, deitada no colo dele, as pernas penduradas no sofá, a apanhar o ar da rua que entra pela varanda…
Sinto-me cansada e “mole” e ele percebe… sinto os dedos dele a fazerem-me festinhas

Um carinho que transborda e que acende um desejo difícil de reprimir!
O toque continua pelo meu corpo, suave mas decidido!
Enquanto uma mão aperta a minha, a outra procura dar-me prazer… acaricia, toca, mexe e faz-me vir!
… devagarinho… sem pressa, sem muitas palavras, apenas nós, o calor e as sombras da noite!
Levanto-me e beijo-o!
É um beijo de tesão, com as nossas línguas loucas a foderem-se sozinhas nas nossas bocas, um beijo enorme, que parece não acabar!
Vamos para o quarto, deixando a roupa espalhada pelo caminho… deitamo-nos já nus, sem pressa, para “fazer amor devagarinho!...
E fazemos!
Gosto de entrelaçar as minhas pernas à volta da cintura dele, os meus braços no seu pescoço…
Ele sorri naquela “prisão” que o domina e entra e sai de mim com pormenor, sentindo cada movimento, ora suave, ora poderoso!

Gosto que ele segure nas minhas pernas e as abra, só pra ele, numa quase espargata, no limite da minha elasticidade… e assim se enterre em mim…
Gosto que depois, ele puxe as minhas pernas pra cima, unidas, e me penetre assim; depois baixa-as, juntinhas e beijamo-nos assim, numa posição quase difícil, não muito confortável, mas onde o sinto bem fundo de mim!... O beijo surge delicioso, ávido de tesão e voltamos à posição inicial!
E temos prazer…
… devagarinho, quase em silêncio, apenas entrecortado pelos nossos gemidos, quase mudos…
Os gemidos que ele diz que lhe dão uma excitação impossível de controlar, mais impossível ainda de explicar…
E é bom!...
… recordar, desejar, viver…